Como forma de assinalar o seu 25.º aniversário, relembrando a razão de ser da sua constituição, a AIDA organizou a 23 de Novembro de 2011, o evento “O associativismo e a competitividade das PME”, que decorreu no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro.
A cerimonia teve início com uma homenagem aos presidentes da Direcção da AIDA, Helena Cerveira, Teotónio França Morte (representado pelo neto Carlos Afonso Leitão) e Valdemar Coutinho e às empresas que acompanham a AIDA desde a fundação.
Valdemar Coutinho, presidente da Direcção da AIDA e António Almeida Henriques, Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional discursaram perante uma plateia de mais de 500 pessoas, constituída, maioritariamente, por associados da AIDA, mas onde marcaram presença também, dezenas de convidados, entre representantes autárquicos e de demais autoridades ligadas directa ou directamente à actividade económica.
“Um dos grandes, senão o maior, problema da região de Aveiro tem sido não ser capaz de fazer lóbi”, foi uma das afirmações de Valdemar Coutinho que marcou o evento.
“Passaram 25 anos (sobre a fundação da AIDA). A dinâmica (empresarial) é a mesma, mas os tempos são outros”, diria, ainda, Valdemar Coutinho, registando que, “com a integração europeia e a globalização, a concorrência aumentou e os mercados mudaram”.
O optimismo foi, porém, uma tónica no discurso do Presidente da Direcção da AIDA.
“2011 não tem sido um ano fácil, 2012 será mais difícil, ainda, mas estou certo que, em 2013, se começará a vislumbrar o início de um futuro mais promissor para a economia portuguesa”.
O associativismo empresarial é essencial
Neste ponto, Valdemar Coutinho, focou a importância do associativismo empresarial. “ … em Portugal, continuam, a predominar as micro, pequenas e médias empresas”, sublinhou o presidente da AIDA.
“Ora, é precisamente a pequena dimensão da maioria das nossas empresas que torna o associativismo empresarial essencial para que as empresas ganhem escala, força negocial e se tornem competitivas. Hoje, mais do que nunca, o associativismo empresarial tem de ser assumido como uma estratégia de gestão”,defendeu Valdemar Coutinho; “a capacidade de lóbi/expressividade das empresas mede-se pela representatividade da associação que as representa” e é, também, nesse sentido que a AIDA tem vindo a trabalhar, ao longo dos seus 25 anos: no sentido de garantir uma aproximação entre o tecido empresarial e o poder político.
Problemas vêm de trás
Referindo-se aos problemas com que as empresas da Região de Aveiro, em especial as PME, se deparam, Valdemar Coutinho lembrou que “os problemas vêm de trás, as medidas de austeridade apenas agravaram os obstáculos já existentes”.
Estado versus empresas
Para o presidente da AIDA, que reiterou a recusa da subsidio dependência, o desenvolvimento da actividade industrial, “o desenvolvimento são da economia depende das empresas, das associações que as representam e do Estado”, sendo que “o papel de cada um destes atores económicos é essencial e complementar”.
No entanto, “o Estado não pode substituir-se às empresas, nem às empresas pode ser exigido que se substituam ao Estado. As empresas criam postos de trabalho e riqueza. Ao Estado compete criar condições para que isso seja possível”, arguiu.
Inovar para criar valor
“Às empresas exige-se, também, que cumpram a sua parte – referiria, ainda, Valdemar Coutinho -, que sejam inovadoras e que criem valor por forma a serem competitivas”.
“Há que saber inovar! O sucesso das empresas passa pela diferenciação, por criar e acrescentar valor ao seu produto.
E há que preparar a melhor abordagem aos mercados-alvo”, diria o presidente da direcção da AIDA, sublinhando que é aí, no apoio á internacionalização das empresas, que as associações empresariais podem ter um papel por demais importante, pois “é necessário conhecê-los convenientemente. E aqui, uma vez mais, a intervenção das associações afigura-se essencial e “a AIDA tem feito, desde sempre, uma forte aposta na internacionalização das empresas da região de Aveiro”.
De resto, “foi com esse desígnio que realizou a primeira missão empresarial, em 1991, tendo Angola como destino. E, desde aquela data, realiza, anualmente, cerca de 10 missões empresariais, todas com excelentes resultados”, sublinhou.
De acordo com o presidente da AIDA, “já participaram nestas missões mais de 470 empresas, muitas das quais conseguiram estabelecer profícuas parcerias de negócios e implementar-se nesses mercados”.
Orgulho e insatisfação
A par disso, Valdemar Coutinho destacou que “a AIDA tem hoje na sua estrutura uma equipa técnica especializada que presta, de forma personalizada, uma série de serviços de apoio ao tecido empresarial”, para concluir que “passados que estão 25 anos, é com inegável orgulho que constato que o desígnio que levou aquele grupo de empresários da região de Aveiro a unir-se e a constituir uma associação representativa dos interesses económico-sociais das empresas industriais do distrito foi totalmente alcançado”.
Ainda que, como também sublinhou, “haja, ainda, muito para ser feito”.
“Os que me conhecem sabem que sou um optimista nato e é por isso que estou convicto que, daqui a 25 anos, a AIDA estará, neste ou noutro local, com as mesmas ou outras pessoas, a comemorar 50 anos de existência, sempre com a credibilidade e isenção com que se orgulha de trabalhar”, afirmaria Valdemar Coutinho, antes de dirigir um convite aos empresários presentes para que “visitem a AIDA, contactem a associação, transmitam as dificuldades das vossas empresas, sugiram medidas a propor aos órgãos políticos”.
“Sintam a AIDA como a vossa casa. A AIDA é a vossa casa!”, rematou.
Capacidade mobilizadora
Na sua intervenção, o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, referiu o orgulho de estar “numa sessão de aniversário com uma plateia cheia de amigos” de uma associação empresarial que acompanhou ao longo dos anos, dadas as suas anteriores funções do Conselho Empresarial do Centro.
A mobilização que notou na sala fez Almeida Henriques referir que “Se há momentos em que o associativismo faz sentido, este é um deles” pois para ultrapassar os obstáculos é necessário união, parcerias e trabalho em rede por parte de empresários e regiões para que, daqui a dois anos, Portugal possa voltar ao mercado de capitais”.
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